quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016.

Precisava estar totalmente calmo para poder contar para vocês o que foi o ano de 2016 para mim.
Começarei por fevereiro de 2016, quando eu decidi me desvencilhar de um escritório aonde eu estava há seis anos. Um local de trabalho que eu adorava, porém, o qual se tornou um inferno a partir de agosto de 2015, quando resolveram criar um cargo que não existia e colocaram como Gestora, uma advogada do tipo que acha necessário ter de mudar tudo para o jeito dela e daquelas que procuram pelo em ovo para implicar com o seu trabalho, do tipo que pede as coisas mais inusitadas possível e quando você pergunta o motivo, apenas responde: "faça apenas o que estou lhe pedindo". Ou que lhe pede, por exemplo, para fazer um manual com os horários de atraso de cada Vara dos Fóruns da Capital de SP.
Enfim, eu tentei, continuei de agosto até fevereiro, porém, resolvi sair, depois de até conversar com a Diretoria do escritório, em vão claro, pois talvez as costas dela sejam mais quentes do que todo o meu trabalho desenvolvido e elogiado por clientes inclusive durante aqueles seis anos.
Saindo deste escritório, aonde eu comecei como um audiencista e depois passei para coordenador dos correspondentes e dos audiêncistas, fui convidado para integrar uma empresa de logística jurídica a qual inclusive coloquei naquele escritório anterior.
Pois bem, aceitei o desafio, apesar de ter reduzido o quanto eu ganhava no outro escritório e mais, desafio ainda maior com a mudança de Estado, de São Paulo para o Rio Grande do Sul. Mudança radical e lá fui eu para este novo desafio.
O ambiente era totalmente diferente daqueloutro o qual eu estava acostumado, porém, não economizei esforços para tentar me adaptar, levei comigo inclusive, minha assistente, a qual também havia saído do outro escritório quando descobriu que eu iria sair. Talvez uma das grandes decepções do ano, pois não tive ajuda nenhuma dela, muito pelo contrário, o trabalho o qual era excelente praticamente virou um lixo e fui inclusive obrigado a demiti-la, pois é, vejam só, eu a levei e no fim a demiti e ela retornou para São Paulo.
Minha vida se tornou uma chatice e eu não mais advogava e ainda estava longe da minha família, sequer terno e gravata eu precisava usar, ou seja, poderia pegar minha OAB e joga-la fora, pois de nada ela valeria naquele trabalho como Gerente de Redes, ou seja, eu coordenava uma equipe a qual tive o prazer de formar, mas não advogava mais. E além de tudo, quem eu era? Apenas mais um, estava longe de tudo o que tinha construído e da minha família.
Em meados de junho decidi retornar e novamente foi uma loucura, pois rompi contrato de locação, entre outras desventuras, e em julho voltei, porém, não deixei de trabalhar para esta empresa, digamos que apenas mudei o meu status, de Gerente de Redes para um correspondente.
Passei a ser correspondente jurídico, de coordenador eu virei um coordenado, de um salário de quase sei mil reais em fevereiro, eu passei em agosto para cerca de três mil, com contas, dívidas, nome indo para o espaço, início de depressão, emagreci, talvez até envelheci mas tenho certeza de que amadureci.
E de julho até o presente momento eu posso dizer que cresci como correspondente, pois além deste, fui pegando outros escritórios, adquirindo novos clientes e o mais importante, com o apoio e ao lado da minha família novamente. Recuperei o peso que perdi, voltei a fazer meus trabalhos voluntários que tanto gosto e sinto que tudo melhorou, inclusive me tornei Diretor Executivo de uma importante Ong da Cidade, a partir de janeiro de 2017.
Minha atual vontade é de continuar como um profissional autônomo e mesmo com toda a correria do dia a dia de um correspondente, me sinto bem melhor que antes e consigo ver uma luz no fim do túnel.
Não estou ainda como gostaria de estar, ainda não zerei as dívidas que fiz e nem recuperei a parte financeira, mas estou melhor, mais feliz, mais vivo e com uma vontade enorme de crescer.
Esse ano foi um desafio para esse advogado que vós escreve, e se pudesse colocar isso em um gráfico, diria que em fevereiro estava no topo aonde permaneci até março, em abril comecei a cair, julho despenquei, mas em agosto voltei a subir e me encontro em contínua subida e assim pretendo continuar no próximo ano, se Deus quiser e tenho a certeza de que estou na trilha certa. Vamos que vamos. Ave Fênix ressurgindo das cinzas!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Recesso Forense.

O dom de se dar ao luxo e não fazer nada. Absolutamente nada.
Tomar café da manhã sem pressa.
Almoçar fora do horário e dar aquela cochilada depois do almoço.
Ficar horas na frente do computador sem a mínima preocupação com prazos.
Transitar entre os cômodos da casa sem quaisquer preocupações com horários.
Ir para a academia quase no horário do almoço, e treinar sem a mínima preocupação com o tempo.
Ligar a televisão e assistir, filmes, séries e até desenhos.
Jogar o vídeo game que mais parecia enfeite da minha sala.
Ouvir música alta enquanto limpa a casa com a mente vazia.
Ir para o quintal brincar de bola com seus cachorros.
Sair sem ter hora para voltar e não se preocupar com as ligações do celular.
Impossível? Não. O nome disso chama-se Recesso Forense.
Um pequeno período no qual nós advogados podemos nos dar o luxo a essas doces delícias que a vida nos proporciona.
Pare você também um pouco, no máximo faça os planos para o próximo ano e os coloque em prática.
Se você tem filhos passe mais tempo com eles, aproveite esta oportunidade única do ano.
Viva, apenas viva e curta os bons momentos da vida.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Acredite mais em você.


Acredito que este ano tenha sido uma verdadeira turbulência para muitas pessoas e assim o foi para mim.
Mas o mais importante, em que pese todas as dificuldades que encontramos pela frente é jamais desistir e desanimar, mas sim acreditar e ter fé, principalmente de que algo maior está por trás disto tudo e que as quedas servem na verdade para nos ensinar o quanto somos e podemos ser fortes.
Talvez não conseguiremos entender em um primeiro momento, mas se fecharmos os olhos e respirarmos profundamente, sentiremos uma sensação maravilhosa de calmaria e poderemos então ouvir a voz da nossa consciência e quando abrirmos os olhos e olharmos para o lindo céu à nossa frente, veremos o quanto podemos ser grandes.
Basta para tanto acreditar, ninguém além de você poderá fazer isso, somente você tem o dom de se fortalecer interiormente e conseguir se recuperar de uma queda. As palavras podem lhe causar confortos momentâneos, mas somente você poderá dar o primeiro passo em prol de si mesmo. Acredite. 
Simplesmente acredite em você, feche os olhos, ouça a sua música preferida, faça uma caridade em benefício de alguém, faça em seu próprio benefício na verdade, mas acredite, acredite em você. Sempre.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Black Friday

Talvez no mês de novembro se ouça falar mais da Black Friday do que em dezembro no Papai Noel, porém, o segundo soa mais verdadeiro no Brasil.
Você sabe o que é a Black Friday? Vamos lá, trata-se de uma campanha de vendas a qual obviamente não foi criada em nosso País, mas sim nos EUA e lá acontece sempre na última sexta-feira do mês. Essa campanha traz descontos, ou deveria os trazer de até 80% em produtos de todas as categorias.
E qual o intuito dessa campanha? Agradar os consumidores? Também, mas o principal objetivo é o de inflar as vendas e fazer com que os consumidores antecipem as compras de Natal, e além da economia, estes não precisam deixar tudo para a última hora.
Como aqui nada se cria e tudo se copia, iniciamos a Black Friday em 2010 e ganhamos fama lá fora, mas não por imitar os americanos, mas sim por ser chamada a nossa campanha de "Black Fraude", isso mesmo, fraude, pois muitas lojas por exemplo, pegam um valor já praticado e colocam neste dia como se fosse uma oferta. Exemplo: um televisor que já custa R$2.300,00, colocam na Black Friday com uma placa imensa: "De R$4.000,00 por R$2.300,00, porém, esse televisor já custa este preço, então trata-se de uma fraude e não uma oferta, e, acreditem, muitos consumidores caem.
As principais reclamações existentes no ano passado foram a lentidão dos sites, o erro ao clicar no carrinho de compras e a famosa maquiagem de preços, como o exemplo que citei acima.
Outrossim, com a moeda americana em alta, acho difícil que produtos importados recebam altos descontos e certamente os varejistas precisam estar preparados para lucrar menos ou realmente fazer valer a Black Friday e alavancar as vendas.
Outro golpe aplicado aqui no Brasil são os famosos fraudadores, os quais se passam por lojistas falsos, bem como aqueles que tentam invadir sites oficiais, então é sempre bom tomar cuidado e se certificar-se de que realmente o site acessado é aquele da loja e se o cadeado verdinho que aparece lá em cima está fechado, se não estiver ou se não existir, tome cuidado.
Tome cuidado também com os sites e para ajudar segue aqui a lista das lojas com mais reclamações na Black Friday do ano passado: Americanas.com; submarino; Saraiva; Shoptime; Kabum; Netshoes; Extra.com.br; Magazine Luíza, Walmart e Nescafe Dolce Gusto (Fonte: Reclame Aqui).  
Black Friday 2015 encerrou no Brasil com mais de 10 mil queixas no Reclame Aqui (Divulgação/Reclame Aqui).
Tome cuidado com promoções falsas, metade do dobro, vendas casadas e ofertas que na verdade não existem, deixe a pressa de lado e pesquise, às vezes vale mais a pena.
E se mesmo assim você tiver problemas este ano, use os canais de reclamação, tais como o Procon de sua Cidade e o Reclame Aqui ou até mesmo este advogado que vos escreve, o qual pode dar um descontão Black Friday nos honorários.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Toda subida tem a sua descida, mas, eu quero, eu posso, eu mereço, eu agradeço e todos os meus desejos serão realizados!

Aqui no Blog eu conto um pouco para vocês da minha vida.
Sabe o que é você passar de um cargo normal para Coordenar uma grande equipe, aonde você ganhava cerca de seis mil reais por mês? Pois bem, isso aconteceu comigo, talvez aqui tenha começado a minha subida.
Foram ótimos anos de sucesso e fui colocado até em um pedestal, porém, as coisas mudam e talvez eu não tenha conseguido lidar com a mudança e decidi então sair fora.
Na verdade, não sei se isso seria um defeito ou qualidade, quando sou colocado no status de fantoche, sendo obrigado a fazer aquilo que mandam e sem poder sequer argumentar ou contestar e apenas obedecer, eu prefiro sair fora, mas antes eu luto um pouquinho para tentar mudar, mesmo que em vão.
Desci mais um pouco, mas decidi enfrentar um novo desafio, mudei de Estado, gastei o que tinha para isso e busquei me adaptar para este novo desafio, porém, não gostei do que encontrei pela frente, vários aspectos me fizeram a querer voltar e eu voltei e gastei ainda mais para isso, mas ninguém percebeu isso.
Para me manter, fui praticamente obrigado a ser exatamente o que eu coordenava, desci de advogado coordenador o qual ganhava cerca de seis mil reais por mês, para gerente, ganhando cerca de quatro mil e quinhentos por mês e depois um simples correspondente jurídico, o qual hoje luta para tirar cerca de dois mil e quinhentos por mês.
E quando você acha que não pode piorar, piora um pouco mais, com exigências e reduções no seu valor, desde a sua integridade até o que lhe pagam por determinado trabalho e me vi exatamente em um beco sem saída, ou aceitava ou simplesmente perdia.
Porém, não posso perder, muito pelo contrário, preciso recolher as migalhas e me reerguer.
Exatamente o que estou fazendo, porém, me sinto praticamente uma garota de programa a qual não pode escolher cliente, se sujeita à valores irrisórios para não perder o cliente e se vende por um preço baixo para atrair mais e mais clientes em busca de no mínimo conseguir se manter e sair das enormes dívidas que fez na busca de um novo desafio.
Passa por umas situações que perde o rumo, se vê sem chão e quando olha para trás, aquelas portas que diziam estarem sempre abertas caso quisesse voltar, na verdade foram batidas em sua cara.
Pede ajuda, se rebaixa, sem vergonha nenhuma, porque não há sequer condições para se ter vergonha, chega a contestar até o Ser Supremo que nunca me abandonou, mas num lampejo de fé resolve pelo menos isso não provocar, mas sim acredita que tudo nessa vida tem um motivo, um significado e um aprendizado.
Acredito que esteja fazendo a minha parte, em que pese por vezes ainda me sinta um lixo e um vazio enorme e com vontade de desistir de tudo.
Mas não perderei a minha fé, pois como ouvi um dia e passei há uma semana usar como um mantra: EU QUERO! EU POSSO! EU MEREÇO! EU AGRADEÇO! TODOS OS MEUS DESEJOS SERÃO REALIZADOS!

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Ser ou não ser, eis a questão!

Poderia ser uma peça de teatro, mas não é, na verdade trata-se da minha vida profissional.
Quando estava na faculdade eu queria ser Juiz de Direito, cheguei a prestar o exame umas quatro vezes e não passei.
Fiz cursinho, estudei sozinho e no final eu simplesmente cansei.
Talvez a palavra correta não seria cansei. Quando se tem um monte de contas para pagar, se mora sozinho e tem que se virar, o tempo é escasso e a minha vontade de estudar, sei lá aonde foi parar. Eu simplesmente estacionei e não consigo sair do lugar, no que tange aos estudos me refiro.
Por outro lado, eu trabalhei em um grande escritório por longos cinco anos e meio, mas blá, blá, blá, acho que as pessoas já se cansaram de ouvir eu falando disso.
Fui para Porto Alegre, resolvi voltar, também já escrevi sobre isso e agora, atualmente, sou correspondente jurídico, também já escrevi sobre isso e não vou ficar igual a um papagaio repetindo.
Me perguntaram lá na página como era ser correspondente?
Bom, vou tentar não ser prolixo.
Ser correspondente é ser dono do próprio nariz, é poder ir para o Fórum a hora que você entender, desde que você cumpra os seus prazos, é não dispensar trabalho e quando você não pode atender, ter a humildade de repassar para algum amigo, mas nunca recusar, claro, trabalho digno, não para ganhar farelos, mas também de migalhas em migalhas no final do mês temos algum dinheiro para pagar, por exemplo, a nossa internet, e, sinceramente, é melhor ter do que faltar.
Por outro lado, por vezes, somos surpreendidos por uma contratação que aparece porque alguém te indicou e essa contratação, salva aquele trabalhinho que você fez por um farelo.
Ser correspondente é ir para o Fórum para tirar cópias de urgência, arrumar as fotos na sala da OAB, suando frio porque o tempo está se encerrando, fazer upload naquelas máquinas excelentes (um pouco de ironia), mas que agradeço, pois sem elas não teria conseguido, depois sair correndo para fazer mais cópias, correr para o outro Fórum fazer uma audiência, ter que dar aula para preposto e instruir muito bem testemunhas, e, mostrar que você sabe, pois senão, não terão outras audiências daquele cliente, e, o principal, tudo isso sem almoçar.
E eu que criticava quem comia bolachinhas na sala da OAB, olha vou te falar, nunca agradeci tanto por aquelas cinco bolachas de maisena que comi hoje com um cházinho maneiro, antes da minha audiência, vou te falar, mudou o meu humor.
Ser correspondente, é correr para o  escritório com tempo de vincular tudo no sistema do cliente, receber ligação para ir ao Fórum fazer um protocolo no Cartório de um rol de testemunha, e, ir, claro, ou indicar alguém que possa ir por você.
Mas por outro lado, e não vou me estender muito no que mais um correspondente faz, é não ter que aguentar desaforo de chefes, ordem de gestores, ter uns 40 prazos na sua pauta e não ficar no escritório até nove horas da noite para dar conta de tudo e no dia seguinte ter mais outros 40, talvez 50, isso acontece no contencioso de massa.
Tem os pontos favoráveis e os desfavoráveis, como por exemplo, você não ter um salário fixo, em um mês bombar e no outro se ferrar.
E tudo depende, qual o seu ponto de vista? O que você prefere?
Eu já fui interno, já fui coordenador, já fui gerente, já fui audiêncista, hoje, eu sou um misto disso tudo e sinceramente, por vezes bate um certo desespero sem saber para que lado correr.
E, vou aqui, continuar fazendo o meu melhor e se surgir uma boa oportunidade, nada impede de eu voltar a ser interno, coordenador, pleno, sênior ou seja lá o que as portas do destino escancarar na minha frente e do que eu estiver disposto no momento a fazer e tudo dependerá de quão bem eu esteja e do quanto eu irei precisar.
Ser ou não ser correspondente e dono do seu próprio nariz, eis a questão!






domingo, 4 de setembro de 2016

Correspondente Jurídico.

Tenho um carinho todo especial por estes queridos amigos e colegas de trabalho, pois acompanhei de perto como é o trabalho de cada um e a correria diária.Eu sempre respeitei e dei valor para os correspondentes os quais trabalhei, seja quando eu tinha como função fiscalizar o trabalho destes, seja quando eu precisava de alguma diligência em particular ou mesmo quando me tornei um coordenador destes.
Hoje eu sou um deles, me tornei além de um advogado autônomo, um correspondente jurídico e posso escrever com propriedade um pouco sobre o assunto.
Não tenho mais um salário fixo, ganho pelo trabalho que faço, não tenho uma secretária ou um estagiário ainda, eu faço as vezes destes, não tenho um escritório físico, pois meu escritório é a estrada e os fóruns da vida. 
Não tenho um horário fixo para começar o meu trabalho, mas na maioria da vezes eu vou para o Fórum pela manhã, principalmente quando não tenho audiência a tarde, pois no período da tarde e alguns dias a noite, eu tenho que vincular no sistema do cliente ou mesmo encaminhar por e-mail todas aquelas diligências que fiz durante o dia.
Horário de almoço, algumas vezes eu tenho, não posso reclamar, essa é uma das vantagens de se morar no Interior de SP, consigo ir para uns três fóruns de Comarcas diferentes e ainda voltar para casa a tempo de almoçar e depois continuo.
Tomamos calote de pessoas que nos contratam para fazer uma diligência e temos de dar um jeito de cobrar e receber, e, algumas vezes não recebemos.
Lidamos com valores irrisórios e realmente algumas vezes temos de aceitar, seja para poder ganhar o cliente, seja porque aquele valor irrisório vai dar, por exemplo, para pagar a mensalidade da Associação dos Advogados ou a prestação da OAB.
Porém, muitas vezes, eu penso se também não colab
oro com a desvalorização da profissão, mas me dou valor também, não aceito fazer diligências por R$ 15,00 e R$ 20,00, e, levo sempre em conta se sou um correspondente fixo de determinada empresa que paga direitinho ou se é um trabalho eventual.
Tudo na vida fica muito mais fácil quando você só critica o próximo mas não se coloca em seu lugar. O melhor realmente é viver a experiência. 
E, no momento vivo a experiência de cuidar do meu próprio escritório e de ser um correspondente jurídico. Não dispensar trabalho, ir para o Fórum tirar cópia de processo, alguns parciais outros integrais, ter dias lotados de trabalhos, sem ter horários fixos, ser advogado, secretária, estagiário, chefe e empregado tudo ao mesmo tempo. 
Fazer e não receber, ter que cobrar valores considerados baixos mas que no final do mês fazem falta, ver as contas chegarem e ficar sem saber como vai fazer. 
Enfim, apenas acreditar que tudo irá melhorar e trabalhar mais ao invés de reclamar. 
E, eu que já dava o devido valor aos advogados correspondentes, agora muito mais e o meu desejo é que aqueles os quais tanto criticam e falam mal, um dia tenham que tirar cópia de um processo de 500 folhas ou mais. 
E você, quer saber como é a vida de um correspondente jurídico? Seja um! 

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

#DesafioAceito

Gente o que acontece com as pessoas? Porque elas estão tão chatas e intolerantes?
Se fazem uma campanha elas criticam, se não fazem elas criticam também.
Ninguém mais hoje em dia consegue enxergar o lado positivo de alguém ou de algo, é uma chuva de críticas e ataques.
Primeiro foi por conta do pokemon go, meu Deus, não quer jogar, não gosta, tudo bem, mas não precisa sair com críticas e ataques.
Sabe porque temos guerras e desavenças? INTOLERÂNCIA. Essa palavra define desavenças e discussões no mundo todo.
Não que você não possa dar sua opinião, mas nossa está demais da conta, as pessoas não se respeitam, já fazem aquele textão enorme de que postar foto em preto e branco não vai salvar ninguém, que postar foto em preto e branco é fácil que quer ver postar foto doando sangue. Mas espera, gente, quem disse que essas pessoas não fazem isso e você doa sangue? É a pessoa mais correta do mundo? Se olha no espelho e faz uma reflexão no final do dia sobre o que poderia ter feito para ajudar o próximo, ou será que você julgador da internet cumprimenta morador de rua, dá um pouco de atenção, visita um asilo e assim por diante.
E eu estou aqui fazendo esse textão também, mas para mostrar minha insatisfação por um simples motivo, INTOLERÂNCIA.
Não que você não possa dar a sua opinião, mas sem ataques, sem ofender a quem aderiu a essa campanha.
Poxa vida, temos o outubro rosa sobre o combate e prevenção ao câncer de mama, temos o novembro azul sobre o combate e prevenção ao câncer de próstata, temos ainda em dezembro a campanha de combate e prevenção à Aids, ou seja, são campanhas que obviamente não irão salvar o mundo e nem curar, mas sim alertar sobre riscos e chamar atenção para a prevenção.
Acredito que seja válida sim, pois alerta e de uma maneira ou outra chama atenção e seria muito melhor se ao invés de criticar, simplesmente se abster de comentários intolerantes.
Intolerância religiosa, intolerância com pessoas de opção sexual diferente da sua, intolerância de raças, intolerância, intolerância, vamos dar um basta a isso, vamos cultivar um pouco mais de amor e enxergar o lado positivo e respeitar as pessoas pois o seu direito termina simplesmente aonde começa o do próximo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Caminhar

Talvez um dia eu venha a saber os motivos de determinadas ações e os resultados que elas acarretaram em minha vida. Porém, eu nunca tive medo de arriscar e sempre tentar novas escolhas e novos caminhos.
Mas, se pudesse voltar no tempo, voltaria e faria tantas coisas diferentes, mas por outro lado eu penso hoje se seria certo mudar os erros que cometemos, pois o que resulta destes erros nos ensina, nos fortalece e os escritos que deixamos antes de aqui estar de um jeito ou outro conseguem em uma hora se encaixar.
Preciso ser forte, preciso continuar em frente com a mesma auto estima de sempre e sei o quanto travo uma batalha interna comigo mesmo, mas eu insisto em ir sempre em frente mesmo que por vezes eu pare para dar uma olhadinha no retrovisor da vida.
E assim como todos eu me sinto forte e quando começo a me sentir fraco, tento me lembrar por onde já passei, por onde estive e como consegui chegar até aonde estou e mesmo sem conseguir ter uma visão clara do futuro, só me resta continuar.
Apenas queria em alguns momentos ter um melhor esclarecimento do que e como fazer e para onde ou se devo por determinado caminho prosseguir, porém, talvez errar o caminho e seguir o mais longo seja a forma com que eu vá realmente aprender novas experiências, conhecer novos mundos, pessoas e sensações, e, por mais que uma dessas sensações marque não somente o corpo mas principalmente a nossa alma, não temos como fugir, não temos como tratar como uma lacuna, mas sim enfrentar para o nosso engrandecimento, seja ele pessoal, profissional e espiritual.
E assim eu prossigo, pois definitivamente não estou aqui à passeio e enquanto não descubro o real significado desta minha trajetória pela estrada da vida, vou seguindo o meu caminhar.

sábado, 6 de agosto de 2016

De Coordenador de Correspondentes à Correspondente, porém, muito feliz.

A vida é uma grande peça de teatro, em um determinado momento você passa de um mero figurante para ator principal, porém, esse papel por vezes cansa e você desce de novo para o de coadjuvante e do nada você se vê novamente como um mero figurante.

Eu achava que minha carreira como advogado tinha acabado, mas do nada fui descoberto e comecei a trabalhar como audiencista, advogado que faz apenas audiências. E eu acabei gostando e veio o destaque, me vi elogiado e passei para um coordenador, isso depois de uns dois anos como audiencista. Passei a coordenar os correspondentes jurídicos do escritório a nível nacional. E um pouquinho depois me vi também coordenando àqueloutra equipe da qual eu fiz parte como audiencista.
E estava tudo bem e assim fiquei por um longo tempo, mas a vida nos surpreende, na verdade as pessoas nos surpreendem e decidiram criar um cargo, e, colocaram como gestora uma pessoa a qual não apenas eu mas todos que a conhecem a detestam, resultado, decidi sair, já que não sou obrigado a aguentar e passar por situações desagradáveis que não passava quando ela lá não estava.
E aceitei um novo desafio, tipo coloquei as coisas pessoais no carro e fui embora para outro Estado, fiz ótimas amizades, mas não gostei do trabalho, tampouco de estar longe de tudo e todos, é difícil você querer fazer algo diferente estando longe daqueles que ama, no caso a família.
Hoje, bom, hoje olhem só, voltei a ser um figurante, sou um correspondente jurídico, exatamente como aqueles os quais eu coordenei um dia. E eu vou para o Fórum, tiro fotos de processos, faço retiradas de guias, posto no correio e realizo audiências como advogado e preposto, e, me perguntam se estou feliz? Sim, estou muito feliz, apenas me sinto sozinho, pois pessoas as quais eu ajudei no passado hoje já não falam mais comigo, talvez por medo de concorrência ou sinceramente não faço muita questão de saber.
Mas, o texto é apenas para mostrar que na nossa profissão podemos estar lá no topo e do nada descemos lá aonde começamos e o mais importante é o quanto você se sente bem e feliz com aquilo que se faz. Eu estou, apenas busco esquecer o passado e as pequenas mágoas que ficaram.

domingo, 17 de julho de 2016

Minha experiência em Porto Alegre.

Em março deste ano eu resolvi me aventurar em um novo desafio.
Fui convidado a ser gerente de um setor de uma empresa de logística jurídica, a Doc9, sediada em Porto Alegre/RS, na qual tive a oportunidade de montar uma equipe maravilhosa de seis pessoas as quais se tornaram meus amigos.
Sim, eu não sei trabalhar e ser frio a ponto de não ser amigo das pessoas, mas sei dividir o profissional do pessoal quando necessário.
Para começar, eu inventei de levar comigo uma pessoa a qual trabalhou comigo em outro escritório e deste saiu quando eu sai, mas antes disso, vou contar como foi meu primeiro dia na empresa.
Deixei o meu carro em uma rua aonde tinham outros carros e para a minha tristeza, logo no primeiro dia, meu carro teve a bateria cortada, o vidro quebrado e levaram o meu estepe, já tendo uma despesa para compra de outra roda e pneu, além da bateria, o seguro cobriu o conserto do vidro e fui embora para casa de guincho logo no primeiro dia de trabalho e no segundo e terceiro de ônibus.
Após isso, passei a deixar o carro em um estacionamento, tendo mais uma despesa mensal, além de tantas outras que tive tais como aluguel de imóvel, condomínio, seguro-fiança e tantas outras.
E sobre minha "amiga" que levei para morar e trabalhar comigo, bom, ela foi a minha grande decepção, pois além de não ter preenchido minhas expectativas e ter se mostrado totalmente diferente do que ela era no outro emprego, em casa parecia que eu estava com uma pessoa estranha a qual se isolava em seu quarto e praticamente não conversava. Na empresa, fazia corpo mole e ainda tentava contaminar a equipe com suas ideias e reclamações, além de declarar-se várias vezes de que não estava gostando, então eu outra opção não tive senão em demiti-la. Veja só, eu fui obrigado a separar o profissional do pessoal, coisa que ela não soube fazer, e após essa demissão ela resolveu voltar para São Paulo e eu lá fiquei sozinho, e tenho isso como a maior decepção do ano.
Sobre Porto Alegre, bom, não achei tudo o que diziam, é uma mistura de cidade grande com praia, um lugar extremamente perigoso, aonde você não podia sequer pegar seu celular na rua, pois corria o risco de ser furtado ou roubado, inclusive dentro de ônibus. As pessoas lá costumam dirigir com os vidros dos carros fechados com medo de serem assaltadas.
As notícias no jornal da sete se resumiam a assaltos, homicídios e quase não se via policiais nas ruas, detalhe, no Centro de Porto Alegre em um passeio com minha mãe e irmã, um policial que estava em cima de um cavalo, simplesmente soltou um: "vamos sair da frente".
A maioria das pessoas são fechadas, nada receptivas e em cinco meses que eu morei lá, minha vizinha somente falou comigo para reclamar que a minha cachorra estava uivando, nada mais além disso.
As únicas amizades que fiz foram os colegas de trabalho e a equipe que montei, zelei e mantenho contato até hoje.
Mas o trabalho, ah o trabalho era uma rotina a qual eu não gostei, me vi de uma hora para outra preso dentro de uma empresa, sem aquela rotina de um advogado, audiências, diligências, Fóruns e o dia-a-dia jurídico. Fora isso, juntou a saudade da família, dos amigos e do que eu sou e tenho no Interior de São Paulo.
Então, como já escrevi na matéria "o advogado que decide retornar", eu decidi voltar, rescindi um contrato de locação e agora estão querendo meus dois rins de multa e outras despesas que eu pelo menos entendo descabidas e terei um trabalhinho para resolver, além de não ter conseguido guardar dinheiro e só ter tido despesas.
E hoje eu me tornei um correspondente jurídico desta empresa na minha região e desenvolvo o meu trabalho com advogado, exatamente o que eu gosto de fazer e decidi cuidar do meu próprio escritório, sem vínculos, sem rotinas, apenas mantendo a eficiência e responsabilidade que sempre tive.
Mas eu agradeço pela coragem que tive e experiência que vivi e acredito que não seja uma questão de perfil, pois já fui coordenador em outro escritório, mas era um escritório de advocacia e lá era um misto de interno com trabalho externo.
E acredito ainda que fica aqui a lição que não devemos nos arrepender de nossos atos, eis que melhor se arrepender de tentar do que de não ter tentado.
E levo esse entendimento sempre comigo: "É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder. Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver" - Martin Luther King.

domingo, 10 de julho de 2016

Diário de bordo de um advogado: Um Novo Caminho.


A maravilhosa sensação de se estar com a sua família e no seu habitat natural. Exatamente isso que estou sentindo desde o meu retorno nesta última sexta-feira.
Eu me perdi, eu quis tentar algo que não deu certo e não tive vontade mais de levar à frente e decidi voltar, mas nesse período que passei há mais de 1.000 km de distância de casa acredito que tenha feito um excelente trabalho, até pelo feedback que tive, além de ter conquistado uma equipe, a minha talvez última equipe de seis pessoas as quais se tornaram meus amigos, e, com quem eu não só tive a honra de ensinar mas também de aprender e plantei por lá a semente do carinho e da amizade e tenho certeza que irei colher excelentes frutos.
Mesmo sem saber o que e como será agora, eu me sinto mais disposto, mais feliz e mais forte e tenho certeza de que o Plano Superior me reserva muito mais e eu não vou ficar triste, não irei reclamar, tampouco me arrepender destes quatro meses que passei distante da minha família e do meu canto.
A viagem de volta foi uma aventura e longa e eu apenas queria chegar.
Saí de Porto Alegre às 05:30 da manhã de sexta-feira, depois de ter dirigindo já por quatrocentos quilômetros, fui parado pela Polícia Federal e diante de um pequeno problema o qual deixei passar despercebido, não tinha como prosseguir viagem, com uma pequena mudança dentro do carro e meus dois cachorros e como advogado, vocês não imaginam o quanto eu mesmo me xinguei.
Porém, Deus coloca anjos em nosso caminho e talvez aquela interrupção tenha sido proposital para que fosse evitado algo pior e eu prossegui a viagem sim, porém, rebocado até minha Cidade, mas cheguei bem e praticamente no dia seguinte, pois já era um pouco mais da meia noite.
Eu apenas agradeci, abracei minha mãe, irmã e sobrinha e prometi não fazer novamente algo tão doido e aventureiro.


Prefiro agora ficar nas audiências, nas diligências, nos pequenos e grandes clientes e prosseguir o meu caminho, sem saber ainda por onde, na verdade eu sei, mas aberto às novas possibilidades e oportunidades e depois de tanto tempo, agora como um verdadeiro profissional liberal, sem vínculos com escritórios, apenas dando início ao meu novo caminho. Deus me ajude e proteja.

domingo, 26 de junho de 2016

O Advogado que decide retornar!

Quando estamos perto de quem nos ama de verdade por vezes somos impotentes para perceber o quanto estas pessoas são importantes para nós. E você então decide sair em fuga para mudar a sua vida e esquecer um pouco de tudo aquilo que lhe cercava. Porém eu precisei de apenas quatro meses para sentir na pele o quão estas pessoas me faziam falta e mais, dinheiro nenhum compra isso. Pessoas materialistas acharam que eu deveria continuar distante para se livrar de prejuízos, mas não foram capazes de entender que o maior prejuízo era a perda de todo segundo, minuto e horas da minha vida que eu poderia estar ao lado destas pessoas que me amam de verdade e me querem por perto. A vida é muito curta, ela pode passar pelos nossos olhos como um flash e então somente depois de não ter mais essas pessoas você irá perceber quantos abraços poderia ter dado, quantas conversas poderia ter tido, quantos programas poderiam ter assistido como aquele que vi ontem no sofá com a minha mãe e comentávamos entre nós. Dinheiro se consegue com trabalho, dívidas se eliminam com o tempo e trabalhando e se trabalha melhor quando se ama e quando se esta com quem te ama. Momentos ao lado destas pessoas são os mais verdadeiros tesouros que se pode ter e não podemos deixa-los passar. E mesmo que surjam alguns espinhos pelo caminho, eles fazem parte da trajetória e do jardim, o que não se deve e não se pode é abandonar esse lindo jardim chamado família e justamente por isso eu decidi voltar. 

sábado, 25 de junho de 2016

Novo Código de Ética e Disciplina da OAB.

 

         Em setembro de 2016 entra em vigor o Novo Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil.

         A palavra ética tem diferentes sentidos e sinceramente é banalizada em várias áreas e épocas, as pessoas parecem desconhecer o real significado do termo ética e do que vem a ser ético.

         Muitos clientes preferem um advogado que produz resultados ou cobre barato, sem se ater para os princípios éticos daquele profissional.

         A ética é fundamental para o Direito, inclusive quando eu me formei fez parte da grade curricular na minha faculdade.

         Trata-se do sentimento da necessidade de se buscar o justo e o Direito nada mais é do que o conjunto de conceitos e normas desenvolvido e organizados para dar efetividade à realização do justo.

         Porém, temos que a ética antecede o Direito e este sem ética é um paradoxo e a ética sem o Direito por sua vez nada mais é que uma incompletude.

         Ser ético é saber inclusive sobre este novo instrumento da advocacia, porém, muitos advogados o desconhecem.

         O novo Código trata de assuntos de observância aos advogados, honorários destes, publicidade na advocacia, prescrição no processo administrativo da OAB, ética profissional, inovações desta, sigilo e inviolabilidade de informações, assuntos de suma importância que todos os profissionais do Direito devem saber, e não só isto, mas principalmente praticá-los.

         Vamos ficar atentos!



domingo, 5 de junho de 2016

A Vida é feita de tentativas.

Em um momento da vida, decidi que não iria mais advogar, iria fazer uma faculdade de comunicação social e partir para o jornalismo.
Mas do nada, acharam meu currículo e me ligaram e me convenceram a continuar e eu gostei, muito por sinal.
Depois de cinco anos nesse escritório eu resolvi sair, a bem da verdade, a insatisfação com a nova gestão me fez sair, mas isso seria outra história.
Então eu decidi que seria finalmente dono do meu próprio nariz, ser chefe e não ter que tolerar ordem e mesquinharias de ninguém.
Mas de novo o destino veio trabalhar ou brincar comigo e me deu um novo desafio e eu fiquei na dúvida, mas como eu não tenho medo de arriscar, mergulhei de cabeça, mesmo sabendo que aquele lago parecia ser raso demais para mim.
E lá fui eu, mudando novamente o que eu mesmo tinha planejado, e, fiquei sujeito novamente às ordens alheias. Mas, passados três meses eu posso afirmar e dizer com todas as letras que não estou feliz, não me sinto completo e nestes três meses todos os dias eu acordei me indagando se fiz a coisa certa e pedindo uma resposta, mas digamos que a resposta estava ali na minha cara, pois se eu estivesse bem, não teria essa indagação.
Mas como diz a minha sábia mãe, eu precisava passar por isso, pois se não tomasse a atitude que tomei, iria ficar sempre pensando que se não tivesse tomado poderia ter dado certo, ou seja, persistiria a dúvida da tentativa.
Então, agora eu estou prestes a tomar uma nova decisão e me pergunto se estarei errando mas acredito que não, pois como a própria frase diz, o erro faz parte da tentativa e prefiro sempre tentar do que me arrepender de não ter tentado e talvez com isso eu realmente tenha caído na real de que chegou a hora e o momento, o meu momento.

domingo, 15 de maio de 2016

Calmo por fora mas agitado por dentro.


Diante de tantos advogados e tantos desafios, por vezes temos dúvidas se realmente estamos no caminho certo. Me lembro lá no primeiro ano da faculdade quando eu pensava: "Meu Deus o que estou fazendo aqui". Depois quando estava no terceiro ano, cismei que queria ser Juiz. Porém, ainda não cheguei lá e sinceramente não sei se ainda quero.
Já trabalhei em escritório próprio com amigos, bem artesanal, já trabalhei em escritórios grandes, fui parar no contencioso de massa e quase desistir de advogar quando fui obrigado ao famoso copia e cola aonde você mal tem tempo para ler do que se trata uma decisão.
Mas me deram uma nova oportunidade, virei um audiencista, sim, só fazia as audiências do escritório e sinceramente eu adorava, cada dia uma história e um lugar diferente na grande São Paulo. Mas acharam que eu daria um bom coordenador e assim fui coordenar os correspondentes e depois a equipe de audiêncistas da qual eu fiz parte um dia.
Estava tão feliz, mas resolveram colocar um monstro como minha gestora, e eu comecei a me sentir incomodado, pois eram cobranças indesejáveis e estava virando um fantoche nas mãos dela, perdi a autonomia e o tesão na verdade. Resolvi sair e com o medo do desemprego e também porque eu sou louco e gosto de desafios, resolvi aceitar uma nova oportunidade e coloca nova nisso.
Eu aceitei ir para uma empresa que eu gosto, por sinal eu contratei no passado e para um novo desafio, ser um gerente, ainda não me acostumei a trabalhar sem a minha fantasia de advogado, vulgo terno e gravata, sim, pois lá isso não é necessário e mesmo ganhando menos do que aonde eu estava eu encarei esse desafio, mudei inclusive não só a profissão, mas de casa, fui para longe da família e em outro Estado, bem distante mesmo, em um lugar aonde não conheço nada.
Já pensei em voltar, em largar tudo e ir para os braços da mamãe, ter meu próprio negócio, montar uma lojinha no Interior de SP, simplesmente só estudar para ser Juiz, mas ainda acho cedo para pensar nisso, vamos dar tempo ao tempo, um ano e ver como fica e se consigo vencer este novo desafio.
Não firmei raízes ainda, não tenho a minha própria família, claro, cachorros não contam, se contasse a minha seria razoável.
Enfim, o corpo é estável mas por dentro há um turbilhão de pensamentos e dúvidas, mas prefiro assim do que não ter nada a pensar. 

sábado, 23 de abril de 2016

Sozinho.

Acabei de assistir a este filme e para variar tantas lembranças invadiram minha mente e mexeram com meu estado de ser.
Eu não vou aqui contar o filme, porque perderia a graça, mas indico aos amigos e amigas.
E porque o título de sozinho? Bom, vamos lá, desde pequeno eu sempre me espelhei no meu avô materno e na nossa família e sempre tive a vontade de ter a minha família, ter meus filhos, a minha casa e a minha história.
Porém, o destino nos leva por caminhos diferentes em muitas vezes e no meu caso, tudo ficou mais difícil e eu vou aqui pular uma parte da história, digamos que uma grande parte.
Já no ano passado eu decidi ser pai solteiro e adotivo, mas mais uma vez não deu certo, tive duas aproximações que não vingaram, e, os motivos, bons estes eu também irei pular, até porque não vem ao caso.
E eu vejo todos com uma história de amor na vida, minha mãe, meus irmãos e irmãs, primos e primas e eu, bom eu só tenho os meus cachorros, nenhum relacionamento deu certo.
A hipótese de ser pai, solteiro e adotivo também até o presente momento também não e o que tem o filme a ver com isso, bom eu também queria ser Juiz e foi algo que ainda não aconteceu e quando eu achava que tudo estava ajeitado, calmo e seguindo o seu fluxo, a vida veio e deu aquela sacudida e tudo mudou de novo e cá estou eu, trilhando uma nova fase, uma nova história, longe da minha família, quero dizer, mãe e irmãos e dentre tantas coisas que já aconteceram comigo, por vezes eu ainda me questiono quais foram os motivos, se é que eles existem e porque parece que nada se firma ou acontece e me sinto assim, em alto mar, num barquinho com meus cachorros e deixando simplesmente as ondas me levarem por um lugar que não sei aonde mais irá chegar. Vida de Advogado, vida de advogado.

domingo, 17 de abril de 2016

Comum

Advogados são pessoas comuns como qualquer outra, sendo assim pensei em mudar um pouco o foco, resolver escrever não apenas sobre Direito e o meu dia-a-dia como profissional, mas aqui no Blog mostrar um outro lado.
Trinta e oito anos de idade, eu sonhava em ser Juiz de Direito, me empenhei e estudei para isso, fiz cursinhos e prestei algumas vezes, mas nunca cheguei na segunda fase nestas cinco vezes que já prestei o exame. Já tive meu próprio escritório junto com amigos, já tive ele sozinho mesmo em minha casa, já tive um escritório virtual com um amigo e também já tive um virtual sozinho também.
Fui parar no contencioso de massa só fazendo audiências e decidi ir parar em uma empresa de logística jurídica e me sinto inerte e meio neutro, claro que penso em crescer sempre, acho que essa é a ideia que prevalece.
E eu morava em uma Cidade pacata no Interior de São Paulo, e decidi mudar de Estado, vim parar no Rio Grande do Sul, na Capital, Cidade grande, mas não vejo muita diferença de quando morei em São Paulo.
Tenho o hábito de me adaptar fácil a novas situações. Porém, minha vida sentimental é uma grande de uma merda.
Talvez eu me auto boicote, não sei muito bem ao certo, mas não consigo ter um bom relacionamento amoroso com ninguém, talvez eu até mereça por não ter dado valor a tantos outros excelentes que tive e só depois enxerguei o que de fato perdi.
E eu cheguei a um ponto na minha vida de solteiro na qual eu já não me interesso tanto mais pelas pessoas, principalmente depois do grande problema que uma destas pessoas com a qual me relacionei me causou, mas isso é uma outra história.
Já não tenho vontade e nem paciência de tentar uma situação, diferentemente daquela força que sinto quando o assunto é trabalho.
E hoje me coloquei a pensar enquanto andava sozinho no shopping que de nada adianta você mudar, nada adianta você ir embora de um lugar e achar que será tudo diferente, pois nada será se você não for.

sábado, 16 de abril de 2016

Falta de Comprometimento.


Esses dias escrevi na minha página que trabalho existe e o que falta é na verdade comprometimento, força de vontade. Alguns concordaram, outros discordaram e vou respeitar. Porém, gostaria de dividir o que venho presenciando diariamente.
Mas antes, vou contar um pouco da minha trajetória, eu comecei no primeiro ano da faculdade fazendo estágio com um Juiz aposentado que resolveu voltar a advogar. Eu fui um "escravijário" e não me arrependo disso em nenhum momento, pois com ele eu aprendi muito, desde a forma que escrevo e formato minhas peças e a cada pergunta que eu fazia era uma pequena palestra que eu ouvia e olha eu perguntei muito e aprendi muito também.
Já no quinto ano da faculdade eu chefiava os demais estagiários, pois o escritório tinha crescido, mas durante todos os quatro anos que trabalhei com ele, encostei muito o projeto de barriga que eu tinha no balcão, aguentei muita falta de educação de funcionário mal amado e tantas outras coisas que passei.
Depois no quinto ano da faculdade eu conheci uma Sra. que é Perita Judicial e com ela eu trabalhei por mais quase sete anos e também aprendi muito e fiz muito também e passei excelentes momentos ao lado dela. Mesmo passando na OAB e já sendo advogado, eu ficava meio período em meu escritório e depois ia trabalhar com ela.
Eu trabalhei muito, mas muito mesmo e não reclamava quando tinha grandes processos para estudar e tirar cópia.
Depois disso passei por mais outros dois escritórios e fui parar no contencioso de massa, aquele lugar que eu criticava eu fui lá ver como era a realidade e enfim, fiquei como audiencista só fazendo audiências e depois me tornei coordenador da equipe que eu mesmo fazia parte e toda rede de correspondentes do Brasil.
Bom, infelizmente nada são flores e depois de cinco anos resolvi sair deste escritório e seguir carreira solo, mas recebi uma proposta de uma empresa de logística jurídica para cuidar também da rede de correspondentes deles e aceitei, mudando de Estado e tudo e cá estou lidando diariamente com correspondentes.
Pois bem, por isso eu falo que trabalho não falta, NÃO MESMO, porque diariamente buscamos correspondentes para fidelizar e tenho visto de tudo, como por exemplo, advogados querendo fortunas para uma simples cópia, SIM, SIMPLES, pois quando o processo é grande eu até concordo. Outros que se comprometem a fazer uma diligência e depois simplesmente não o fazem sem dar nenhuma explicação, sequer atendem o celular. E os cadastros então, vários telefones que não existem mais, vários celulares que você liga e ninguém atende ou nem existe mais, mas o ápice da semana foi o Dr. se negar a fazer a cópia porque iria gastar o equipamento dele, no caso um escâner.
Apenas acho que ninguém é obrigado a aceitar trabalho nenhum, porém, por outro lado, quando se aceita tem que cumprir e não faltar com o devido comprometimento.

domingo, 27 de março de 2016

Desafios

E a vida nos surpreende. Advogado há cinco anos em um dos melhores escritórios de São Paulo. Aonde comecei como audiencista, virei coordenador dos correspondentes a nível nacional, depois coordenei a equipe de audiencistas que fazia parte e levei ambas as coordenações por três anos e pouco. E do nada resolveram criar um cargo de gestão e o casamento comemeçou a desandar e quando isso ocorre primeiro tem-se uma conversa e não surtindo efeito outra opção senão o divórcio. E eis aqui eu com portas abertas à frente e com a coragem de não se acomodar foi lá e pediu para sair. E sai depois de tanto tempo e de onde eu tanto gostava e gosto, mas a vida nos surpreende e essa história ainda continua . . . Aguardem!!!

segunda-feira, 14 de março de 2016

Julgamentos.



Lá atrás quando me formei me deparava com pessoas que queriam pagar valores pequenos para uma audiência, preposto ou alguma diligência jurídica e eu já achava um absurdo, pensava em como alguém poderia oferecer um valor tão baixo para alguém que estudou cinco anos da vida.
Porém, ironia ou não depois de um tempo eu fui trabalhar em um escritório de contencioso de massa e neste escritório eu comecei a entender e perceber o porquê de oferecerem valores baixos.
Mesmo assim eu achava meio que um absurdo, e depois eu me vi na situação de ter que oferecer valores assim e mais, de ter de em alguns casos renegociar valores já tidos como baixos.
Foi quando eu comecei a entender, foi quando eu passei a perceber o porquê de oferecer valores como aqueles.
No mais, em nenhum momento eu discuti quando fui ofendido por estar oferecendo um valor como aquele, e, me senti um perfeito idiota por lá atrás ter julgado e feito o mesmo que alguns advogados fazem comigo hoje em dia.
Anos se passaram e nada mudou, o mercado de trabalho jurídico é imenso, há muitos advogados na praça, há muita gente querendo trabalhar e eu conheço muitos advogados que ganham muito mais do que eu no final do mês por justamente aceitarem a grande demanda de trabalho por valores baixos, pois como diz o ditado popular, de milho em milho a galinha enche o papo.
Ninguém é obrigado a aceitar fazer um trabalho por um valor destes, e há que se levar em consideração sempre a demanda, o montante que se soma no final do mês.
É muito difícil para alguns entenderem e aceitarem, porém, eu particularmente, aprendi somente quando me deparei de perto e do outro lado, onde passei de julgador para julgado.
Somente conseguiremos entender algo quando nos colocarmos na situação e muito mais elegante e ético agradecer e recusar o trabalho oferecido do que expor alguém ao ridículo o criticando sem ao menos o conhecer.

Vamos trabalhar mais e julgar menos! 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

CORRESPONDENTE NACIONAL

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