quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Assim como a Fênix.

Resultado de imagem para ave fenix
Quando comecei a escrever essa matéria me lembrei da Ave Fênix, a qual renasce das cinzas, não que eu tenha chegado a virar cinzas, mas metaforicamente posso dizer que cheguei perto.
Um breve resumo se faz aqui necessário, ao sair de um grande escritório o qual gosto muito, e por medo de ficar desempregado, aceitei uma proposta de emprego em Porto Alegre e fui então do Interior de SP para lá e talvez precipitado, não sei, errei, pois gastei mais do que devia e decidi depois de alguns meses voltar.

Sempre fui ligado à família, sempre fui de poucos amigos, mas tenho zelo pelos poucos que tenho e, claro, aqueles que realmente confio, senti uma grande falta deles. Voltei e foi uma aventura, pois na volta estava inclusive com a CNH vencida e nem tinha me dado conta disso, fui parado pela Polícia Federal e com o carro cheio de coisas e dois cachorros, não podia dali sair, foi quando as coisas começaram a mudar e graças à Seguradora, gentilmente entenderam minha situação e voltei então guinchado para casa praticamente. 
Desempregado, sem dinheiro, com a CNH vencida, nome sujo, dívidas e mais dívidas, a única coisa que pensava era arrumar um novo emprego, e, para não surtar, aceitei fazer diligências e audiências como correspondente jurídico ganhando valores irrisórios, mas que me mantiveram por um tempo, o básico do básico, claro, e as contas viraram uma grande bola de neve e quase perdi inclusive o carro, se não fosse pela ajuda da minha mãe e amiga, teria realmente o perdido.
Pois bem, depois de praticamente um ano no sufoco, consegui um emprego em São Paulo Capital e lá fui eu, morando no Interior, fiquei na casa de um outro querido amigo durante a semana e na sexta voltava para minha casa. Nesse período, quando consegui o emprego, também comecei a namorar e talvez isso tenha me fortalecido de uma certa forma para não fazer com que eu simplesmente desistisse de tudo.
Seguiu-se alguns meses dessa loucura de Interior - São Paulo, trabalhando em um escritório no qual não era nenhum pouco valorizado, fiscalizavam até o horário que fazia de almoço, chegando ao absurdo de ser chamado a atenção por ter chego quinze minutos depois do horário. Fiscalizavam até as peças mais simples que eu fazia e então me senti um lixo, totalmente desvalorizado e claro, resolvi largar aquilo para lá e voltei de vez para o Interior para o então serviço de correspondente jurídico o qual dava aquela amenizada no sufoco que passava.
A busca incessante por um novo emprego, me fez sair pedindo indicações para quem fosse que surgisse na minha frente, até que uma colega advogada me indicou para um escritório aqui de Itu, e então, passados umas semanas do envio do currículo, lá fui eu para mais uma entrevista, e para minha alegria, sai da entrevista já contratado e comecei no dia seguinte.
Pela primeira vez em mais de dez anos de profissão tive a minha própria sala e me senti valorizado, pois acreditaram e confiaram em meu trabalho, dando o devido valor ao mesmo.
Ainda não ganho como naqueloutro escritório que estava antes de ir para Porto Alegre, mas tenho sossego, respeito e valorização. 
Logo após o emprego, fui chamado no Fórum para dar início a um Projeto que estava parado, meu Projeto de Adoção. E eu pensei, meu Deus, logo agora que eu acabei de arrumar um emprego, mas vamos lá ver no que isso vai dar. E lá fui eu, e quando dei por mim, me vi pai.
Então, posso dizer que o ano de 2017 foi o ano em que eu renasci, foi o ano que eu comecei sem nada, e veio o namorado, o emprego e o filho e hoje eu me vejo, como diz minha irmã, o "pai dos gatos", pois acreditem, até gatos que eu até certo tempo atrás não gostava, hoje tenho um casal e os amo. 
Assim como a Fênix que renasce das cinzas, eu renasci para seguir adiante e crescer novamente, coloquei o trem de volta aos trilhos e agora estou arrumando a bagunça que ficou com a queda dele, mas com um diferencial que me dá forças para continuar, agora eu tenho uma família, a minha família. E apenas uma palavra me vem à mente, GRATIDÃO. 
Resultado de imagem para gratidão

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Black Friday ou Black Fraude?

Talvez no mês de novembro se ouça falar mais da Black Friday do que em dezembro no Papai Noel, porém, o segundo soa mais verdadeiro no Brasil. Você sabe o que é a Black Friday? Vamos lá, trata-se de uma campanha de vendas a qual obviamente não foi criada em nosso País, mas sim nos EUA e lá acontece sempre na última sexta-feira do mês. Essa campanha traz descontos, ou deveria os trazer de até 80% em produtos de todas as categorias. E qual o intuito dessa campanha? Agradar os consumidores? Também, mas o principal objetivo é o de inflar as vendas e fazer com que os consumidores antecipem as compras de Natal, e além da economia, estes não precisam deixar tudo para a última hora. Como aqui nada se cria e tudo se copia, iniciamos a Black Friday em 2010 e ganhamos fama lá fora, mas não por imitar os americanos, mas sim por ser chamada a nossa campanha de "Black Fraude", isso mesmo, fraude, pois muitas lojas por exemplo, pegam um valor já praticado e colocam neste dia como se fosse uma oferta. Exemplo: um televisor que já custa R$2.300,00, colocam na Black Friday co
m uma placa imensa: "De R$4.000,00 por R$2.300,00, porém, esse televisor já custa este preço, então trata-se de uma fraude e não uma oferta, e, acreditem, muitos consumidores caem. As principais reclamações existentes no ano passado foram a lentidão dos sites, o erro ao clicar no carrinho de compras e a famosa maquiagem de preços, como o exemplo que citei acima. Outrossim, com a moeda americana em alta, acho difícil que produtos importados recebam altos descontos e certamente os varejistas precisam estar preparados para lucrar menos ou realmente fazer valer a Black Friday e alavancar as vendas. Outro golpe aplicado aqui no Brasil são os famosos fraudadores, os quais se passam por lojistas falsos, bem como aqueles que tentam invadir sites oficiais, então é sempre bom tomar cuidado e se certificar-se de que realmente o site acessado é aquele da loja e se o cadeado verdinho que aparece lá em cima está fechado, se não estiver ou se não existir, tome cuidado. Tome cuidado também com os sites e para ajudar segue aqui a lista das lojas com mais reclamações na Black Friday do ano passado: Americanas.com; submarino; Saraiva; Shoptime; Kabum; Netshoes; Extra.com.br; Magazine Luíza, Walmart e Nescafe Dolce Gusto (Fonte: Reclame Aqui). Black Friday 2016 encerrou no Brasil com várias queixas no Reclame Aqui (Divulgação/Reclame Aqui). Tome cuidado com promoções falsas, metade do dobro, vendas casadas e ofertas que na verdade não existem, deixe a pressa de lado e pesquise, às vezes vale mais a pena. E se mesmo assim você tiver problemas este ano, use os canais de reclamação, tais como o Procon de sua Cidade e o Reclame Aqui ou até mesmo este advogado que vos escreve, o qual pode dar um descontão Black Friday nos honorários.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Dia dos Advogados.

O mês de agosto é considerado o mês dos advogados e no dia 11 do corrente se comemora o dia do advogado.
Após a independência do Brasil, mais especificadamente em 1.824, o País ganhou a suas próprias leis, quando foi redigida a primeira Constituição Brasileira, sendo que no dia 11 de agosto de 1827 o Imperador criou o primeiro curso de Direito no País.
O advogado é um profissional que presta assistência jurídica, defendendo os interesses de seus clientes diante da justiça, é a ação de pleitear em juízo.
Acredite se quiser, nós advogados temos dois dias em comemoração ao nosso trabalho, o dia 19 de maio, dia do padroeiro dos profissionais do Direito, Santo Ivo, o qual foi estudante de direito, já aos 14 anos de idade, na cidade de Paris, e depois em Orleans, tendo como preferência o direito civil e canônico, atuado nessas áreas em defesa dos pobres que não tinham condições de financiar as despesas judiciais.
E temos também o dia 11 de agosto, devido à criação do primeiro curso de direito do Brasil, por D. Pedro I, tendo sido implantada a Faculdade de Direito de São Paulo, inaugurada em primeiro de março de 1828.
No dia 11 de agosto ficou estabelecido ainda o famoso “dia da pendura”, onde estudantes de direito e advogados já formados brincam pelos restaurantes das cidades, pendurando as contas do consumo que fizeram ali. As despesas ficam por conta dos donos dos restaurantes, uma vez que a brincadeira foi por eles instituída, ainda no início do século XX, para comemorar a criação das faculdades de direito.
O trabalho como advogado requer muito estudo, paciência e dedicação, pois a profissão envolve todo o conjunto de normas jurídicas vigentes no País, criadas com o objetivo de solucionar conflitos da sociedade.
As leis aparecem divididas em várias áreas como: civil, penal, trabalhista, constitucional, administrativo, tributário, internacional, ambiental, digital, público e privado, de propriedade intelectual e de arbitragem internacional.
Para atuar como advogado há a necessidade de ser aprovado em uma faculdade e após praticamente cinco anos de estudos, concluir o curso de direito, e ainda para exercer a profissão, prestar o exame da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, o que demanda para alguns, uns anos de estudos a mais.
O bacharel em Direito, pode também, seguir a carreira jurídica, na qual o indivíduo atuará como funcionário público, através de concursos públicos, exercendo a profissão, por exemplo, de delegado, juiz, promotor, procurador, dentre outras.
Visite a página Vida de Advogado no Facebook, assim como os demais canais nas mídias sociais, principalmente o canal do Youtube, desenvolvido por este colunista desde 2013, aonde compartilha de maneira por vezes engraçada a sua Vida de Advogado.

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCKnQ20zvU3XNc_8kdJqjMug
Site: www.vidadeadvogado.com.br

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

RESPEITO.

O que é pior? Um advogado que faz caridade e cobra valores abaixo da tabela ou um advogado que destrata este colega porque o mesmo não seguiu a Tabela proposta pelo órgão de classe?
Fico na dúvida ainda do que é pior, um advogado que aceita fazer diligências e audiências por um valor irrisório, ou o colega de profissão que agride este profissional porque este aceitou valor desta monta?
Ninguém sabe ao certo o que o outro passa e a maioria das pessoas se esquecem disso. As pessoas resolvem fazer textões como se fossem as senhoras da razão. Não se colocam no lugar do outro, não indagam por exemplo, quais os motivos que levaram o colega a cobrar aquele valor irrisório, ou ainda quais as razões para que aquele profissional aceitasse valores tão irrisórios pelas audiências e diligências.
As pessoas simplesmente se esquecem de fazerem perguntas simples como esta e já partem para o julgamento, porém, acredito eu que um bom advogado sempre busca os motivos, tenta entender a situação antes de preparar uma defesa, mas na vida real e prática, muitos colegas advogados, deixam de ser o instrumento do Direito para serem o julgador, querem fazer o papel de juízes, porém, como muitos magistrados, desconhecendo as razões, apenas com sua livre e precoce convicção.
O pior é que as pessoas agem como se nunca tivessem feito algo parecido, como se fossem a pessoa mais politicamente correta da face da Terra. Atirem a primeira pedra quem não tem pecados, lembram-se disso? Quero ver quem sobra!
Vamos dar exemplos, críticas alarmantes surgiram quando do início de um simples jogo no Brasil, o Pokemon Go, disseram que pessoas iriam ficar alienadas, iriam provocar acidentes e outros absurdos mais, pois bem, o jogo continua, as pessoas ainda continuam a jogar, e a única coisa que eu vi foi que pararam de falar.
Como aprendi com o meu avô, meu grande mestre a quem eu tanto amo, antes de julgar o próximo, coloque-se em seu lugar, não faça para o outro o que não gostaria que fizessem para você, e mais, trate a todos, sem distinção como você gostaria de ser tratado.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Da Responsabilidade das Concessionárias de Energia por Danos causados ao Consumidor.


Acredito que todos já tiveram o dissabor de perderem equipamentos eletrônicos após uma forte tempestade, ou mesmo após uma queda imotivada de energia, oscilações em seu retorno ou uma sobrecarga quando do retorno desta.
Pois bem, mas especificamente aqui na Cidade no final de Janeiro deste ano, muitas pessoas tiveram problemas nesse sentido e a concessionária de energia para restituir o morador, pede uma infinidade de documentos, no intuito único na minha opinião, para dificultar e protelar o ressarcimento.
O Direito protege o cidadão e consumidor, sendo que no art. 5º, inciso V da Constituição Federal, está assegurado a todos os cidadãos, o direito de pleitear reparação de danos causados por outrem.
Bem assim, nosso Código Civil em seu art. 186 preceitua que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito a causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”, sendo que o art. 927 do mesmo Diploma Legal estabelece que esta obrigado a repará-lo “aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187) causar dano a outrem ...”.
Vale citar ainda o art. 6º, III, VI, VII e VIII do Código de Defesa do Consumidor, ou seja, todos estes dispositivos legais, podem ser usados pelo consumidor de energia elétrica o qual teve danos em seus equipamentos eletrônicos ocasionados pela concessionária de energia elétrica.
O consumidor, assume ainda o caráter de hipossuficiente, devendo nestes casos específicos, ser aplicado a inversão do ônus da prova, em outras palavras, caberá à concessionária de energia provar a sua isenção de responsabilidade.
Porém, de nada adianta comprovar a isenção de sua responsabilidade uma vez que a “responsabilidade da concessionária de energia, pelos danos causados em decorrência de falhas na prestação dos seus serviços é de natureza objetiva, de acordo com a previsão constitucional expressa e as disposições de serviços de energia elétrica discutido no caso concreto. Restando comprovado que a autora sofreu prejuízos materiais, decorrentes de sobrecarga no fornecimento de energia em decorrência de queda de raio na rede, devida é a reparação material, nos exatos termos da sentença. RECURSO IMPROVIDO”. (TJRS – Relator: Fernanda Carravetta Vilande. Julgado em 23/11/2011, 2ª Turma Recursal).
Em uma ação de indenização por danos materiais, em que se busca a restituição dos equipamentos perdidos ou o seu conserto, ocasionado pela queima de aparelhos eletrônicos por oscilação na rede de energia elétrica administrada pela concessionária de energia, está figurada a relação de consumo e com isso se aplica a inversão do ônus da prova, conforme já mencionado e deverá responder então a concessionária pela prestação de serviço defeituosa com base no artigo 14 do Código do Consumidor. (TJSP – Apelação 670624820098260000 – SP – 0067062-48.2009.8.26.0000 – Relator: Carlos Nunes – Data do Julgamento 05/12/2011 – 33ª Câmara de Direito Privado – Publicado em 06/12/2011).

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor alerta ainda que independentemente da existência de culpa, a responsabilidade pela reparação dos danos é da concessionária, de acordo com a Resolução nº 61 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Assim, havendo danificação de aparelhos elétricos, as distribuidoras de energia devem consertar, substituir ou ressarcir os consumidores.


A prestação do serviço deve ser eficaz no que tange ao sistema de proteção da rede elétrica da residência dos consumidores, pois é dever das concessionárias de serviços públicos garantir segurança dos serviços prestados, conforme estabelece o art. 22 do Código de Defesa do Consumidor. Portanto, é dever da concessionária de energia munir a rede elétrica de mecanismos de proteção, hábeis a elidir as bruscas alterações de tensão que culminam com a queima de equipamentos eletrônicos de seus consumidores, em outras palavras, é sua obrigação manter eficiência em seus serviços, principalmente diante do alto custo operacional e tributário que nós, consumidores pagamos mensalmente.

Contato: almeidagimenezadv@gmail.com

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Gratidão!

E todos sabem o que eu passei, indo parar em Porto Alegre, sem apoio e ajuda de ninguém, me virei nos trinta e até casa sozinho aluguei. Pois bem, me arrependi e voltei, sendo correspondente jurídico e não tendo o suficiente para colocar as contas em dia, fui em busca de algo fixo.
Desisti da correspondência jurídica? Não, na verdade ainda faço uma coisinha aqui outra ali de vez em quando. Mas vamos voltar um pouco a fita.
Bom eu fui admitido em um escritório em São Paulo, contratado por um gestor o qual já me conhecia de outro escritório em que trabalhamos juntos. Morando no Interior, eu ia para São Paulo de segunda-feira de carona, e passava a semana na casa de um querido amigo, na sexta-feira voltava para casa aonde passava os finais de semana.
Estava tudo fluindo bem, até pensar em morar novamente em São Paulo eu já cogitava, mas comecei a perceber o quão hostil era aquele local de trabalho e que as pessoas ali não estavam felizes, mas simplesmente de passagem até que surgisse algo melhor. Ninguém confiava em seu trabalho e para a minha decepção, nem mesmo aquele gestor o qual me conhecia de outros carnavais.
E o estopim foi em um certo dia, em uma contrarrazões de um recurso que eu fiz e protocolei, ter ouvido uma bronca na frente de toda a equipe de que eu não deveria ter protocolado, mas sim enviado para a revisão, sendo está orientação inexistente na minha pauta diária.
Voltando ainda mais um pouco, o sócio do escritório, ao invés de ficar na busca de clientes, tinha o hábito de chegar no escritório antes da nove da manhã, justamente para ficar de olho em quem chegava no horário. Este mesmo sócio uma certa vez, chamou a minha atenção porque eu cheguei do almoço as 14:15 horas, sendo que ele exigia fosse sempre antes das 14 horas. Tudo bem, eu tinha saído para almoçar as 13 e atrasei cerca de 15 minutinhos. Opa mas espera, nem ponto eu batia ou batia? Porque toda vez que entrasse ou saísse do escritório, tinha de digitar a minha senha para abrir a porta e aquilo nada mais era do um controle de acesso. E não eu não era celetista.
Mas o estopim mesmo foi ser tratado, logo eu, com dez anos e pouco de OAB como um advogado junior o qual não denota confiança nenhuma tendo seu trabalho ter de passar por revisão, aquele dia, em que fui chamado a atenção na frente de toda a equipe, em total desrespeito ao profissional que acredito eu seja, eu fui embora e não mais voltei.
Regressei para o Interior e desesperadamente tentei resgatar alguns trabalhos de correspondentes, tendo a porta batida na cara, justamente por aquela empresa a qual me mudei de Estado para trabalhar, tudo por que eles entenderam que deixei a correspondência de forma ríspida, ora, ríspido era a forma com que eles tratavam e ainda tratam os advogados que consideram "parceiros", pois é Doc-9, melhorem no tratamento aos profissionais, pois um dia vocês poderão realmente precisar deles.
E hoje, ah hoje depois de muitos anos tentando eu consegui um emprego fixo na Cidade em que resido e até uma sala só minha eu tenho e quase um mês neste novo ambiente de trabalho, eu não tenho absolutamente nada a reclamar, muito pelo contrário, apenas a agradecer.
E quanto às pessoas as quais eu um dia achei que pudesse contar, como a empresa de logística que eu tanto fiz ganhar apresentando e contratando inclusive para um dos maiores escritórios de SP, hoje vejo como meras decepções e recordações, mas não tenho raiva, tampouco desejo o mal, muito pelo contrário, agradeço por terem me ensinado a ser forte e a continuar a trajetória, pois mesmo quase derrotado, quando já estava a perder as esperanças, pessoas que eu mal conhecia me estenderam a mão e graças a essas pessoas é que estou aonde estou. Gratidão é a palavra do momento, gratidão!

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Desventuras de um Advogado.

E quando você se coloca a pensar e rever a sua vida e percebe o quanto você pode ter sido intransigente, impaciente e tomado medidas impensadas.
Por outro lado, você pode se ver como corajoso, sem medo de novos desafios e que não consegue engolir muitos, digamos, sapos e diferentemente de muitas pessoas as quais preferem trabalhar infelizes para pagar contas você prefere se lançar à frente e ir em busca de seus sonhos, mesmo que isso lhe acarrete consequências.
Você percebe que em sua vida, quando não contente com determinada situação, você simplesmente não perdeu a coragem e nem teve medo de sair e tentar se aventurar novamente.
E você pensa que talvez se tivesse filhos, pensaria duas vezes em ter tomado certas decisões. Bate um certo desespero no sentido de "como será agora?"
Volta-se à estaca zero. Se perde. Ferra a cabeça. Mas o mais importante é ainda não desistir e talvez essas minhas desventuras me levem a algum lugar e com isso possa cada vez mais absorver algum aprendizado destes meus erros ou acertos, confesso não saber se errei ou acertei. Mas agora estou novamente como um profissional autônomo e sem vínculos e se terei sucesso, nem sei, se voltarei para um escritório e ser subordinado, talvez, o importante é sempre continuar a nadar, nadar e nunca desistir, pois a vida é muita vasta e temos ainda muito a aprender, seja com nossos erros ou acertos.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

As Voltas que a Vida Dá!

Eu achava que nunca mais iria trabalhar para nenhum escritório e que seria autônomo e cresceria. 
Mas talvez eu tenha tomado essa decisão em um momento errado, talvez se eu tivesse esperado um pouco mais, tudo poderia ser diferente.
Porém, eu sempre tomei atitudes seguindo meus instintos e minha vontade, e, talvez, assim de uma certa forma eu tenha evitado algo pior.
Mas no fundo eu percebi o quão somos responsáveis pelas nossas escolhas e que a situação a qual você e eu se encontra hoje não é de responsabilidade de ninguém, a não ser sua mesma.
Você, eu, tomamos a decisão e fizemos a escolha. Na maioria das vezes é justamente assim, você escolhe, por vezes espera, mas sempre acaba agindo por impulso e tomando caminhos que não voltam mais, a vida, pelo menos a minha sempre foi assim.
Alguns dizem que quando estou bem e em uma zona de conforto, eu vou lá e mudo tudo, e, agora, analisando minha vida passada até o presente momento, percebo que realmente é assim, não gosto de calmaria, mesmice, rotinas e quando não vejo perspectiva de crescimento e percebo a mesmice em que me encontro, começo a ficar incomodado e logo procuro meios de mudar.
E cá estou nas voltas que a vida dá. Eu voltei a trabalhar em um escritório, voltei um pouco no tempo, agora para um de médio porte e que me sinto como se já estivesse ali há meses, quando na verdade não faz um mês sequer. 
A vontade de empreender e colocar tantas coisas em prática é enorme, mas o que fazer com os boletos que chegam diariamente? Jogar tudo para cima e escolher na base do sorteio qual eu pago ou simplesmente aguentar mais um pouco uma nova volta que a vida dará? 

sábado, 8 de abril de 2017

UM POUCO SOBRE MIM!


Sério, nunca imaginei que expor a vida de advogado, no caso a minha fosse gerar tantos pré-julgamentos sem nem que a pessoa te conhecesse pessoalmente ou soubesse de sua história.
Bom, então eu resolvi contar um pouquinho. Eu sou advogado desde 2003, me formei em 2001, ou seja, prestei o exame da OAB algumas vezes até conseguir passar.
No primeiro ano da faculdade, em meados de 1997 comecei a fazer estágio com um Juiz aposentado, e eu fazia de tudo, mas minha tarefa principal era ficar sentado digitando todas as peças processuais e textos que ele escrevia e com isso eu aprendi muito, desde a formatação até a matéria em si, pois cada pergunta era uma palestra a parte que recebia e obviamente eu era um excelente aluno na faculdade graças à tudo que aprendi com ele.
Pois bem, me formei em 2001 e neste mesmo ano deixei de trabalhar com ele e fui ser assistente jurídico de uma perita judicial contábil e comecei a ver o Direito de outro lado, ou seja, Autor, Réu e Juiz, com isso também aprendi muito, pois fiquei trabalhando com ela por quase sete anos, e foi quando surgiu a vontade de ser Juiz.
Passei na OAB em 2003, fui reprovado no fatídico exame por três vezes e na quarta passei direto, ainda peguei a entrada em vigor do Novo Código Civil na época e fiz prova prática de Direito Civil, porque eu gosto de desafios. Ao passar na OAB, eu fui convidado a integrar um escritório com mais três novos amigos, trabalhava com eles na parte da manhã e na parte da tarde com a Perita, com isso, aprendi ainda mais.
Depois eu sai deste escritório e da Perita e fui trabalhar em escritórios de contencioso de massa, aonde fiquei durante praticamente até os dias de hoje, pulando um pouco essa parte, fui audiêncista (só fazia audiências), fui advogado interno e também coordenador de correspondentes a nível nacional.
Atualmente minha principal função é a de ser correspondente jurídico e advogado autônomo.
Paralelo a tudo isso, durante uma época eu fazia trabalho voluntário em uma Igreja Católica, aonde eu ia todos os sábados a tarde prestar atendimento jurídico gratuito e ajudei muitas pessoas, pois não apenas orientava, mas entrava com a ação mesmo. Também fui síndico do prédio que eu morava nesta época e cumulava a função de advogado do condomínio, assim aprendi mais sobre esse ramo.
Ou seja, sou advogado desde 2003, e quando estava trabalhando de audiêncista, resolvi criar a página Vida de Advogado, para contar um pouco do dia a dia do advogado, uma página voltada mais ao humor e ironia, aonde mostro não apenas o lado bom, mas também a dureza que alguns advogados passam.
Não sei se já viram alguns vídeos meus no canal do Youtube, sim, virei Youtuber, como por exemplo o que eu falo de ter conseguido liminar para algumas pessoas, dos trabalhos voluntários que eu faço e como é gratificante, depois dá uma olhadinha se ainda não viu.
Eu amo o que faço e inclusive por isso ainda não deixei a profissão, me esforcei para chegar aonde cheguei e acredito que o sucesso da página é até um reflexo disso. Conto na página as experiências que passo, porém, geralmente conto as coisas mais cômicas e engraçadas e mostro a realidade que passamos dia a dia no Fórum.
Em nenhum momento eu critiquei o ramo do Direito, a matéria do Direito ou a advocacia, muito pelo contrário, estou em busca de sempre me atualizar e melhorar, por exemplo, já prestei a magistratura algumas vezes, e outros concursos também. Porém, pessoas que me conhecem pessoalmente e o meu trabalho, acham que sou um excelente advogado e estou na profissão correta e nela devo ficar.
O fato de eu brincar, reclamar, contar o lado ruim e chato da advocacia, não significa que eu não goste da profissão - sempre fui reclamão - e fico incomodado quando alguém faz pré-julgamentos ao meu respeito sem sequer me conhecer pessoalmente.
De qualquer forma, agradeço os comentários e deixo aqui registrado um resuminho sobre a minha história até os dias atuais e me comprometo a fazer posts mais do tipo "ursinhos carinhosos", mostrando o lado cut cut do Direito.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Cair e Levantar!

Hoje estava conversando com uma amiga através de uma postagem que ela fez no Facebook sobre essa frase: "Cada um terá a vista da montanha que se esforçar para subir".
Comentei então que eu vivo escorregando e caindo da montanha e vou parar lá embaixo. Ela então disse que o importante é não desistir. Depois parei para pensar, seguindo o comentário dela de que não devemos desistir e percebi que eu sempre levantei e continuei e nunca tive medo de voltar ao início.
Isso me fez então naquele momento em que estava ali fazendo minhas abdominais na academia, fazer um flash back da minha vida e me lembrar como eu estava há um ano e como estou hoje e consegui perceber o quão melhor estou.
Ainda estou sofrendo, bem sei, os prejuízos de minhas escolhas e acredito que isso leve um tempo para ser sanado, porém, o importante é como eu me sinto física e e emocionalmente. Eu queria estar ao lado da minha família e estou, eu recuperei o peso que eu tinha perdido e o principal, eu visivelmente estou mais feliz.
Por outro lado, eu perdi meu salário fixo, ganhei um monte de dívidas e me sujeito a fazer audiências e diligências por preços irrisórios, tudo para me manter fixo e exclusivo nas Comarcas que atendo e me sinto feliz com isso? Não, pois defendo a valorização da profissão, porém, o estado de necessidade fala mais alto e se não aceito o que oferecem, eu simplesmente perco e perco mesmo, pois já tentei bater o pé e não reduzir meu valor, perdi, simplesmente perdi e me fez uma enorme falta, motivo pelo qual tive de ceder e me submeter.
Mas, o importante é ter forças para levantar e enquanto eu estiver conseguindo abrir os olhos e levantar eu irei, mesmo que esteja, como estou, todo esfolado, faço um curativo e sigo em frente e tenho a certeza de que tudo isso logo irá passar e melhorar e lá na frente estarei muito mais forte.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Dia do Consumidor.


Hoje comemoramos o Dia Mundial do Consumidor o qual foi criado com o intuito de proteger e lembrar sempre dos direitos deste. Teve sua origem em 1962, pelo presidente dos Estados Unidos John Kennedy.

O presidente John Kennedy ofereceu quatro direitos fundamentais aos consumidores, quais sejam, direito à segurança, direito à informação, à escolha e à ser ouvido.

Após 23 anos da ação de Kennedy, em 1985, a Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) adotou o dia 15 de março como o Dia Mundial do Consumidor, dando assim legitimidade e reconhecimento internacional para a data criada por Kennedy.

No Brasil o Consumidor tem a Lei nº 8.078/1990, Código de Defesa do Consumidor, sendo ainda criado o Programa de Proteção e Defesa ao Consumidor (PROCON), o qual esta presente em todos os Municípios e Estados brasileiros e serve como mediador entre o consumidor e o fornecedor de produtos e serviços.

Mas quais os desafios que o Consumidor enfrente nos dias de hoje?

Com a Internet, cada vez mais esses desafios aumentam, uma vez que a inclusão digital permitiu a praticamente toda a população o acesso ao comércio eletrônico e com ele surgiu então o consumismo desenfreado e você acha que as empresas estão totalmente preparadas para esse novo perfil consumerista?

Obviamente e infelizmente não, tanto é verdade que a quantidade de ações de consumidores na Justiça é grande e esta bem longe de ser reduzida.

Há casos de compras realizadas e não entrega do produto, ou entrega com defeito, multas indevidas, principalmente no que tange à serviços de telefonia, produtos defeituosos, venda casada e tantas outras, mais importante que são tuteladas pelo Código de Defesa do Consumidor.

Um aspecto que merece importância é sobre o consumo desenfreado, pois na verdade existe um círculo vicioso causador de grandes danos os quais passam imperceptíveis aos olhos das pessoas, pois quanto mais se consome, mais matérias primas são utilizadas, com isso, o ambiente mais se degrada e, além disso, mais descartes são realizados e o que não é aproveitado pelos moradores de rua, acabam nos lixões, pois ainda não temos uma política de consumo consciente, sendo aprovada somente no ano passado a lei de resíduos sólidos, a qual possui ainda muitas arestas e muito a ser complementada e assim caminhamos para prejuízos de curto e longo prazo.

Você já parou para pensar em tudo o que tem ? E melhor, será que você utilizou tudo isso durante o ano que passou ? Isso me fez lembrar novamente de meus avós, os quais por exemplo, guardavam sempre as coisas novas e usavam sempre as mesmas, eles sim sabiam consumir, por outro lado, não aproveitavam as novas, pois após o falecimento destes, algumas peças já estavam com a cor envelhecida, e muito se perdeu, o restante, bom o restante, aquela divisão desproporcional realizada pela família.

Mas focado ainda nesta análise a qual proponho, já prestou atenção no que pode ser reaproveitado, alterado, desmontado e recriado, ao invés de encostar em um armário e partir para a compra de um novo ?

Uma boa maneira de praticar um consumo consciente e menos desenfreado é após está análise preliminar, separar tudo aquilo o qual de nada mais lhe servirá e simplesmente doar, o que além de exercer a cidadania, enobrece a alma. Mas para aqueles capitalistas os quais custam a se desprender de seus objetos materiais, há ainda a opção de vendê-los através dos conhecidos brechós, onde se pode deixar à venda desde objetos sem sentido nenhum, até roupas, móveis e eletrônicos e na maioria dos casos em consignação, uma boa maneira de diminuir o consumo desenfreado é freqüentar estes lugares, pois além de deixar por lá aquilo que não se usa mais, ainda existe a possibilidade de trocar por algo o qual você está realmente – preste atenção – REALMENTE precisando e que certamente alguém deixou ali porque não precisava mais.

Após a prática deste ato as pessoas poderiam praticar a tentativa de sair deste círculo vicioso, como ficar de pernas para o ar, ficar sem pensar um pouco, e digo isso por experiência própria, de quem coloca um filme para ver, mas fica a pensar que ao invés de ver aquele filme poderia estar fazendo isso ou aquilo. Vamos tentar, é melhor do que se arrepender por não ter tentado, pare um pouco, RESPIRE, caminhe ao invés de pegar um ônibus em percursos curtos, observe o bairro onde você mora, as árvores, as pessoas, mas não se esqueça de olhar para atravessar a rua e tente acima de tudo, dedicar mais tempo para a sua família seja ela a biológica ou por afinidade e trabalhe na medida certa, não seja um escravo do trabalho, TRABALHE PARA VIVER E NÃO VIVA PARA TRABALHAR ! Aproveite a sua vida agora e não somente após a sua aposentadoria, se é que ela irá chegar se aprovado for a Reforma da Previdência, diga-se de passagem, porque fazer uma Reforma da Previdência, antes da Reforma Tributária? Bom, vamos deixar este assunto para outra matéria.

Há muita informação na rua, na televisão, no rádio, na internet e somos bombardeados por segundo com tanta novidade, mas temos de ter o controle sobre a máquina e cabe a cada um refletir se realmente necessita daquele determinado produto e tomar sempre cuidado para não se deixar levar pelos apelos consumistas. Está lançado o desafio, agora só depende de você. Feliz Dia do Consumidor.



sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Joguei para o Universo.

Nossa vida tem um fluxo dado por nós mesmos e só depende de nós querer sair da zona de conforto e ir a luta. Não adianta também você querer ajudar e querer estar perto de quem não quer ajuda e nem você por perto. Foco no futuro. Joguei para o universo já!
Quando eu estava lá no terceiro ano da faculdade eu queria ser Juiz de Direito, e tentei algumas vezes passar no concurso mas talvez não tenha me focado como eu deveria. Se desisti? Não, porém, eu gosto de advogar, principalmente de realizar audiências e estar no Fórum. 
Gosto de ouvir histórias e buscar uma solução para o problema daqueles os quais me procuram. Por vezes é como um quebra cabeça gigante, mas basta aos poucos encaixar as peças e logo você consegue terminar a montagem.
Viver diversas experiências e compartilha-las em uma página no Facebook, escrever matérias em duas colunas e vivenciar o cotidiano de uma forma diferente talvez tenha me aproximado do que eu efetivamente gostaria de ter feito. 
Sim, quando eu prestei vestibular, minha primeira opção era Comunicação Social e eu passei, mas também passei em Direito e aconselhado por meu pai, achei que o campo profissional fosse maior.
Não me arrependo, até porque hoje eu concilio o Direito e digamos que também a Comunicação Social, pois criei uma página a qual hoje passa de 73 mil fãs e cresce todos os dias, ramifiquei ela para o Blog, para o canal do Youtube, Instagram e outras mídias sociais do conhecimento de vocês.
E eu gosto muito do que faço, gosto dessa nossa vida de advogado, gosto da minha Vida de Advogado e gosto de advogar, ser procurado, conversar, solucionar alguns casos e outros não, sempre na busca da perfeição.
Vivi experiências em escritórios pequenos, familiares, médio e grande porte. Passei pela experiência interna de uma empresa de logística de correspondentes e hoje resolvi ser autônomo.
Ainda falta muito para chegar aonde eu pretendo, mas por outro lado não tenho pressa, vivo um dia de cada vez e joguei minhas pretensões para o Universo.
Porém, não posso ficar parado esperando ele me devolver, então eu sigo na luta diária da nossa Vida de Advogado.