sábado, 23 de abril de 2016

Sozinho.

Acabei de assistir a este filme e para variar tantas lembranças invadiram minha mente e mexeram com meu estado de ser.
Eu não vou aqui contar o filme, porque perderia a graça, mas indico aos amigos e amigas.
E porque o título de sozinho? Bom, vamos lá, desde pequeno eu sempre me espelhei no meu avô materno e na nossa família e sempre tive a vontade de ter a minha família, ter meus filhos, a minha casa e a minha história.
Porém, o destino nos leva por caminhos diferentes em muitas vezes e no meu caso, tudo ficou mais difícil e eu vou aqui pular uma parte da história, digamos que uma grande parte.
Já no ano passado eu decidi ser pai solteiro e adotivo, mas mais uma vez não deu certo, tive duas aproximações que não vingaram, e, os motivos, bons estes eu também irei pular, até porque não vem ao caso.
E eu vejo todos com uma história de amor na vida, minha mãe, meus irmãos e irmãs, primos e primas e eu, bom eu só tenho os meus cachorros, nenhum relacionamento deu certo.
A hipótese de ser pai, solteiro e adotivo também até o presente momento também não e o que tem o filme a ver com isso, bom eu também queria ser Juiz e foi algo que ainda não aconteceu e quando eu achava que tudo estava ajeitado, calmo e seguindo o seu fluxo, a vida veio e deu aquela sacudida e tudo mudou de novo e cá estou eu, trilhando uma nova fase, uma nova história, longe da minha família, quero dizer, mãe e irmãos e dentre tantas coisas que já aconteceram comigo, por vezes eu ainda me questiono quais foram os motivos, se é que eles existem e porque parece que nada se firma ou acontece e me sinto assim, em alto mar, num barquinho com meus cachorros e deixando simplesmente as ondas me levarem por um lugar que não sei aonde mais irá chegar. Vida de Advogado, vida de advogado.

domingo, 17 de abril de 2016

Comum

Advogados são pessoas comuns como qualquer outra, sendo assim pensei em mudar um pouco o foco, resolver escrever não apenas sobre Direito e o meu dia-a-dia como profissional, mas aqui no Blog mostrar um outro lado.
Trinta e oito anos de idade, eu sonhava em ser Juiz de Direito, me empenhei e estudei para isso, fiz cursinhos e prestei algumas vezes, mas nunca cheguei na segunda fase nestas cinco vezes que já prestei o exame. Já tive meu próprio escritório junto com amigos, já tive ele sozinho mesmo em minha casa, já tive um escritório virtual com um amigo e também já tive um virtual sozinho também.
Fui parar no contencioso de massa só fazendo audiências e decidi ir parar em uma empresa de logística jurídica e me sinto inerte e meio neutro, claro que penso em crescer sempre, acho que essa é a ideia que prevalece.
E eu morava em uma Cidade pacata no Interior de São Paulo, e decidi mudar de Estado, vim parar no Rio Grande do Sul, na Capital, Cidade grande, mas não vejo muita diferença de quando morei em São Paulo.
Tenho o hábito de me adaptar fácil a novas situações. Porém, minha vida sentimental é uma grande de uma merda.
Talvez eu me auto boicote, não sei muito bem ao certo, mas não consigo ter um bom relacionamento amoroso com ninguém, talvez eu até mereça por não ter dado valor a tantos outros excelentes que tive e só depois enxerguei o que de fato perdi.
E eu cheguei a um ponto na minha vida de solteiro na qual eu já não me interesso tanto mais pelas pessoas, principalmente depois do grande problema que uma destas pessoas com a qual me relacionei me causou, mas isso é uma outra história.
Já não tenho vontade e nem paciência de tentar uma situação, diferentemente daquela força que sinto quando o assunto é trabalho.
E hoje me coloquei a pensar enquanto andava sozinho no shopping que de nada adianta você mudar, nada adianta você ir embora de um lugar e achar que será tudo diferente, pois nada será se você não for.

sábado, 16 de abril de 2016

Falta de Comprometimento.


Esses dias escrevi na minha página que trabalho existe e o que falta é na verdade comprometimento, força de vontade. Alguns concordaram, outros discordaram e vou respeitar. Porém, gostaria de dividir o que venho presenciando diariamente.
Mas antes, vou contar um pouco da minha trajetória, eu comecei no primeiro ano da faculdade fazendo estágio com um Juiz aposentado que resolveu voltar a advogar. Eu fui um "escravijário" e não me arrependo disso em nenhum momento, pois com ele eu aprendi muito, desde a forma que escrevo e formato minhas peças e a cada pergunta que eu fazia era uma pequena palestra que eu ouvia e olha eu perguntei muito e aprendi muito também.
Já no quinto ano da faculdade eu chefiava os demais estagiários, pois o escritório tinha crescido, mas durante todos os quatro anos que trabalhei com ele, encostei muito o projeto de barriga que eu tinha no balcão, aguentei muita falta de educação de funcionário mal amado e tantas outras coisas que passei.
Depois no quinto ano da faculdade eu conheci uma Sra. que é Perita Judicial e com ela eu trabalhei por mais quase sete anos e também aprendi muito e fiz muito também e passei excelentes momentos ao lado dela. Mesmo passando na OAB e já sendo advogado, eu ficava meio período em meu escritório e depois ia trabalhar com ela.
Eu trabalhei muito, mas muito mesmo e não reclamava quando tinha grandes processos para estudar e tirar cópia.
Depois disso passei por mais outros dois escritórios e fui parar no contencioso de massa, aquele lugar que eu criticava eu fui lá ver como era a realidade e enfim, fiquei como audiencista só fazendo audiências e depois me tornei coordenador da equipe que eu mesmo fazia parte e toda rede de correspondentes do Brasil.
Bom, infelizmente nada são flores e depois de cinco anos resolvi sair deste escritório e seguir carreira solo, mas recebi uma proposta de uma empresa de logística jurídica para cuidar também da rede de correspondentes deles e aceitei, mudando de Estado e tudo e cá estou lidando diariamente com correspondentes.
Pois bem, por isso eu falo que trabalho não falta, NÃO MESMO, porque diariamente buscamos correspondentes para fidelizar e tenho visto de tudo, como por exemplo, advogados querendo fortunas para uma simples cópia, SIM, SIMPLES, pois quando o processo é grande eu até concordo. Outros que se comprometem a fazer uma diligência e depois simplesmente não o fazem sem dar nenhuma explicação, sequer atendem o celular. E os cadastros então, vários telefones que não existem mais, vários celulares que você liga e ninguém atende ou nem existe mais, mas o ápice da semana foi o Dr. se negar a fazer a cópia porque iria gastar o equipamento dele, no caso um escâner.
Apenas acho que ninguém é obrigado a aceitar trabalho nenhum, porém, por outro lado, quando se aceita tem que cumprir e não faltar com o devido comprometimento.