quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016.

Precisava estar totalmente calmo para poder contar para vocês o que foi o ano de 2016 para mim.
Começarei por fevereiro de 2016, quando eu decidi me desvencilhar de um escritório aonde eu estava há seis anos. Um local de trabalho que eu adorava, porém, o qual se tornou um inferno a partir de agosto de 2015, quando resolveram criar um cargo que não existia e colocaram como Gestora, uma advogada do tipo que acha necessário ter de mudar tudo para o jeito dela e daquelas que procuram pelo em ovo para implicar com o seu trabalho, do tipo que pede as coisas mais inusitadas possível e quando você pergunta o motivo, apenas responde: "faça apenas o que estou lhe pedindo". Ou que lhe pede, por exemplo, para fazer um manual com os horários de atraso de cada Vara dos Fóruns da Capital de SP.
Enfim, eu tentei, continuei de agosto até fevereiro, porém, resolvi sair, depois de até conversar com a Diretoria do escritório, em vão claro, pois talvez as costas dela sejam mais quentes do que todo o meu trabalho desenvolvido e elogiado por clientes inclusive durante aqueles seis anos.
Saindo deste escritório, aonde eu comecei como um audiencista e depois passei para coordenador dos correspondentes e dos audiêncistas, fui convidado para integrar uma empresa de logística jurídica a qual inclusive coloquei naquele escritório anterior.
Pois bem, aceitei o desafio, apesar de ter reduzido o quanto eu ganhava no outro escritório e mais, desafio ainda maior com a mudança de Estado, de São Paulo para o Rio Grande do Sul. Mudança radical e lá fui eu para este novo desafio.
O ambiente era totalmente diferente daqueloutro o qual eu estava acostumado, porém, não economizei esforços para tentar me adaptar, levei comigo inclusive, minha assistente, a qual também havia saído do outro escritório quando descobriu que eu iria sair. Talvez uma das grandes decepções do ano, pois não tive ajuda nenhuma dela, muito pelo contrário, o trabalho o qual era excelente praticamente virou um lixo e fui inclusive obrigado a demiti-la, pois é, vejam só, eu a levei e no fim a demiti e ela retornou para São Paulo.
Minha vida se tornou uma chatice e eu não mais advogava e ainda estava longe da minha família, sequer terno e gravata eu precisava usar, ou seja, poderia pegar minha OAB e joga-la fora, pois de nada ela valeria naquele trabalho como Gerente de Redes, ou seja, eu coordenava uma equipe a qual tive o prazer de formar, mas não advogava mais. E além de tudo, quem eu era? Apenas mais um, estava longe de tudo o que tinha construído e da minha família.
Em meados de junho decidi retornar e novamente foi uma loucura, pois rompi contrato de locação, entre outras desventuras, e em julho voltei, porém, não deixei de trabalhar para esta empresa, digamos que apenas mudei o meu status, de Gerente de Redes para um correspondente.
Passei a ser correspondente jurídico, de coordenador eu virei um coordenado, de um salário de quase sei mil reais em fevereiro, eu passei em agosto para cerca de três mil, com contas, dívidas, nome indo para o espaço, início de depressão, emagreci, talvez até envelheci mas tenho certeza de que amadureci.
E de julho até o presente momento eu posso dizer que cresci como correspondente, pois além deste, fui pegando outros escritórios, adquirindo novos clientes e o mais importante, com o apoio e ao lado da minha família novamente. Recuperei o peso que perdi, voltei a fazer meus trabalhos voluntários que tanto gosto e sinto que tudo melhorou, inclusive me tornei Diretor Executivo de uma importante Ong da Cidade, a partir de janeiro de 2017.
Minha atual vontade é de continuar como um profissional autônomo e mesmo com toda a correria do dia a dia de um correspondente, me sinto bem melhor que antes e consigo ver uma luz no fim do túnel.
Não estou ainda como gostaria de estar, ainda não zerei as dívidas que fiz e nem recuperei a parte financeira, mas estou melhor, mais feliz, mais vivo e com uma vontade enorme de crescer.
Esse ano foi um desafio para esse advogado que vós escreve, e se pudesse colocar isso em um gráfico, diria que em fevereiro estava no topo aonde permaneci até março, em abril comecei a cair, julho despenquei, mas em agosto voltei a subir e me encontro em contínua subida e assim pretendo continuar no próximo ano, se Deus quiser e tenho a certeza de que estou na trilha certa. Vamos que vamos. Ave Fênix ressurgindo das cinzas!

Um comentário:

  1. Que legal, eu fiz o caminho inverso ao teu, saí do RS para SP, e sempre que estou no RS penso em já ficar por aqui...rs, mas SP é um ótimo lugar além de oferecer várias oportunidades, que boas ou nem tanto, valem como experiência. Que tenhamos todos um encerramento bom de ano e início melhor ainda! E tenhamos força de nunca desistir de melhorar em todos os sentidos.

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