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Desisti da correspondência jurídica? Não, na verdade ainda faço uma coisinha aqui outra ali de vez em quando. Mas vamos voltar um pouco a fita.
Bom eu fui admitido em um escritório em São Paulo, contratado por um gestor o qual já me conhecia de outro escritório em que trabalhamos juntos. Morando no Interior, eu ia para São Paulo de segunda-feira de carona, e passava a semana na casa de um querido amigo, na sexta-feira voltava para casa aonde passava os finais de semana.
Estava tudo fluindo bem, até pensar em morar novamente em São Paulo eu já cogitava, mas comecei a perceber o quão hostil era aquele local de trabalho e que as pessoas ali não estavam felizes, mas simplesmente de passagem até que surgisse algo melhor. Ninguém confiava em seu trabalho e para a minha decepção, nem mesmo aquele gestor o qual me conhecia de outros carnavais.
E o estopim foi em um certo dia, em uma contrarrazões de um recurso que eu fiz e protocolei, ter ouvido uma bronca na frente de toda a equipe de que eu não deveria ter protocolado, mas sim enviado para a revisão, sendo está orientação inexistente na minha pauta diária.
Voltando ainda mais um pouco, o sócio do escritório, ao invés de ficar na busca de clientes, tinha o hábito de chegar no escritório antes da nove da manhã, justamente para ficar de olho em quem chegava no horário. Este mesmo sócio uma certa vez, chamou a minha atenção porque eu cheguei do almoço as 14:15 horas, sendo que ele exigia fosse sempre antes das 14 horas. Tudo bem, eu tinha saído para almoçar as 13 e atrasei cerca de 15 minutinhos. Opa mas espera, nem ponto eu batia ou batia? Porque toda vez que entrasse ou saísse do escritório, tinha de digitar a minha senha para abrir a porta e aquilo nada mais era do um controle de acesso. E não eu não era celetista.
Mas o estopim mesmo foi ser tratado, logo eu, com dez anos e pouco de OAB como um advogado junior o qual não denota confiança nenhuma tendo seu trabalho ter de passar por revisão, aquele dia, em que fui chamado a atenção na frente de toda a equipe, em total desrespeito ao profissional que acredito eu seja, eu fui embora e não mais voltei.
Regressei para o Interior e desesperadamente tentei resgatar alguns trabalhos de correspondentes, tendo a porta batida na cara, justamente por aquela empresa a qual me mudei de Estado para trabalhar, tudo por que eles entenderam que deixei a correspondência de forma ríspida, ora, ríspido era a forma com que eles tratavam e ainda tratam os advogados que consideram "parceiros", pois é Doc-9, melhorem no tratamento aos profissionais, pois um dia vocês poderão realmente precisar deles.
E hoje, ah hoje depois de muitos anos tentando eu consegui um emprego fixo na Cidade em que resido e até uma sala só minha eu tenho e quase um mês neste novo ambiente de trabalho, eu não tenho absolutamente nada a reclamar, muito pelo contrário, apenas a agradecer.
E quanto às pessoas as quais eu um dia achei que pudesse contar, como a empresa de logística que eu tanto fiz ganhar apresentando e contratando inclusive para um dos maiores escritórios de SP, hoje vejo como meras decepções e recordações, mas não tenho raiva, tampouco desejo o mal, muito pelo contrário, agradeço por terem me ensinado a ser forte e a continuar a trajetória, pois mesmo quase derrotado, quando já estava a perder as esperanças, pessoas que eu mal conhecia me estenderam a mão e graças a essas pessoas é que estou aonde estou. Gratidão é a palavra do momento, gratidão!
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