O dia a dia forense de um advogado. Desde a formação até os dias atuais de profissão.
domingo, 27 de março de 2016
Desafios
E a vida nos surpreende. Advogado há cinco anos em um dos melhores escritórios de São Paulo. Aonde comecei como audiencista, virei coordenador dos correspondentes a nível nacional, depois coordenei a equipe de audiencistas que fazia parte e levei ambas as coordenações por três anos e pouco. E do nada resolveram criar um cargo de gestão e o casamento comemeçou a desandar e quando isso ocorre primeiro tem-se uma conversa e não surtindo efeito outra opção senão o divórcio. E eis aqui eu com portas abertas à frente e com a coragem de não se acomodar foi lá e pediu para sair. E sai depois de tanto tempo e de onde eu tanto gostava e gosto, mas a vida nos surpreende e essa história ainda continua . . . Aguardem!!!
segunda-feira, 14 de março de 2016
Julgamentos.
Lá atrás quando me formei
me deparava com pessoas que queriam pagar valores pequenos para uma audiência,
preposto ou alguma diligência jurídica e eu já achava um absurdo, pensava em
como alguém poderia oferecer um valor tão baixo para alguém que estudou cinco
anos da vida.
Porém, ironia ou não
depois de um tempo eu fui trabalhar em um escritório de contencioso de massa e
neste escritório eu comecei a entender e perceber o porquê de oferecerem
valores baixos.
Mesmo assim eu achava meio
que um absurdo, e depois eu me vi na situação de ter que oferecer valores assim
e mais, de ter de em alguns casos renegociar valores já tidos como baixos.
Foi quando eu comecei a
entender, foi quando eu passei a perceber o porquê de oferecer valores como
aqueles.
No mais, em nenhum momento
eu discuti quando fui ofendido por estar oferecendo um valor como aquele, e, me
senti um perfeito idiota por lá atrás ter julgado e feito o mesmo que alguns
advogados fazem comigo hoje em dia.
Anos se passaram e nada
mudou, o mercado de trabalho jurídico é imenso, há muitos advogados na praça,
há muita gente querendo trabalhar e eu conheço muitos advogados que ganham
muito mais do que eu no final do mês por justamente aceitarem a grande demanda
de trabalho por valores baixos, pois como diz o ditado popular, de milho em
milho a galinha enche o papo.
Ninguém é obrigado a
aceitar fazer um trabalho por um valor destes, e há que se levar em consideração
sempre a demanda, o montante que se soma no final do mês.
É muito difícil para
alguns entenderem e aceitarem, porém, eu particularmente, aprendi somente
quando me deparei de perto e do outro lado, onde passei de julgador para
julgado.
Somente conseguiremos
entender algo quando nos colocarmos na situação e muito mais elegante e ético agradecer
e recusar o trabalho oferecido do que expor alguém ao ridículo o criticando sem
ao menos o conhecer.
Vamos trabalhar mais e
julgar menos!
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